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01-04-2003

Pára-quedista Bairradina é mulher de armas


Oliveira do Bairro

Oliveira do Bairro Pára-quedista Bairradina é mulher de armas Cumpriu missão em Timor-leste Pedro Fontes da Costa pedro@jb.pt Longe do olhar de todos, longe da sua Pátria, está de regresso à sua terra Natal, depois de cumprir uma primorosa missão em Timor-leste, a jovem Sílvia Rosa Oliveira. Nome que não nos dirá muito, mas que, nos meandros das forças militarizadas, já é bem conhecido. O 1º Cabo Oliveira (Sílvia Rosa), natural de Oliveira do Bairro, após ter completado os seus estudos, ingressou, no dia 11 de Novembro de 1995 em Tancos, num curso de pára-quedistas. Uma verdadeira mulher de armas, que, de entre uma dúzia de candidatas conseguiu, superar com êxito o difícil curso a que se tinha proposto. Apenas mais duas o conseguiram. Uma paixão pelas fardas A sua paixão pelo ramo militar surgiu desde nova. “Sempre gostei de fardas”, segredou-nos o 1º Cabo Oliveira que acabou por seguir esta vida, após alguns conselhos do seu tio. Na altura pretendia ingressar na polícia, mas foi aconselhada que, caso fosse à tropa, a sua entrada seria mais facilitada. O 1º Cabo Oliveira confessa que a sua recruta não foi fácil. Apesar de alguns exercícios terem um grau de complexidade inferior, chegou a um ponto que quase se viu obrigada a desistir. No entanto, a força interior era grande e conseguiu valentosamente ultrapassar todas as fronteiras. Relações públicas Após ter completado o seu curso foi transferida para a secretaria geral, mas sempre com uma enorme vontade de ir mais longe. Descobrir novas sensações que as três dezenas de saltos de pára-quedas não lhe deram. Era necessário aceitar uma missão. Recusou a primeira - Bósnia Herzogovina - mas aceitou uma segunda Timor Leste. Com Dili no horizonte do seu imaginário, o 1ª Cabo Oliveira tinha ainda que tirar a carta de condução, até para que pudesse desempenhar a profissão de relações públicas. Mãos ao volante e em poucas semanas já se apresentava apta a conduzir em todo o terreno. A viagem foi demorada. Para trás ficaram mais de 26 longas horas de avião, com algumas paragens para abastecer. “Quando estava a sobrevoar Timor, vi que seria um país espectacular, mas, sinceramente, nunca esperei encontrar tanta pobreza”. “Ninguém faz ideia de como aquilo é. Um país tão, tão pobre…”, reforça o 1º Cabo Oliveira. Pobreza cruel As ruas eram a prova da mais cruel pobreza. Dezenas de crianças vendem fruta, o seu ar não inspira grande confiança. “Olham para nós algo desconfiadas”. A Cabo Oliveira caracteriza Dili como sendo um grande Bairro da lata que a chocou profundamente. Ao contrário daquilo que acontece nas montanhas, onde a população vive de uma forma mais saudável. Sílvia (1º Cabo Oliveira) explica que a beleza natural de Timor faz do país um recanto paradisíaco que podia ser melhor explorado em termos turísticos. Contudo, a mentalidade da juventude parece estar desde cedo ligada à guerra, o que, na sua opinião, não ajudará o país a crescer. Em Timor, ao longo de toda a sua missão, foi uma privilegiada porque a sua função de relações públicas e condutora levou-a a conhecer toda a ilha. Pais orgulhosos Fala dos seus pais com muito amor, orgulho e carrinho, referindo que “a sua mãe é verdadeiramente a típica “mãe galinha”. “Se por ela recusei a primeira missão, pelo meu pai aceitei a segunda”. “Penso que estarão muito orgulhos”. Sílvia, filha única, reconhece que esta missão a ajudou a realizar alguns sonhos e, por outro lado, a ganhar ainda um maior orgulho pela boina verde que usa. Ao jornal da Bairrada mostrou-se confiante e preparada para encarar uma outra missão. Agora deixou Tancos de parte e foi transferida para São Jacinto. Leituras Para quem está longe do país, a procura de notícias sobre Portugal é uma constante. A RTP Internacional é vista nas horas livres, mas a maior ocupação passava por uma leitura atenta do Jornal da Bairrada que, apesar das três semanas que demorava a chegar, era sempre aguardado com expectativa. “Era uma alegria quando chegava às minhas mãos, o dia até parecia que corria melhor”, desabafa o 1º Cabo Oliveira. O primeiro salto Ainda se recorda como tivesse sido hoje. O primeiro salto é sempre algo que deixa uma jovem pára-quedista muito nervosa. A ansiedade é mais do que muita. “O nervosismo ocupa o nosso corpo, quase não o sentimos, o que nos acaba por retirar algumas sensações”. “Nós vamos caindo, lentamente, em pânico”, sublinha o 1º Cabo Oliveira. Mas para quem já deu mais de 30 saltos, existem de certo algumas histórias para contar. Nem todas com um final feliz. O 1º Cabo Oliveira tem em memória três saltos que a marcaram decisivamente. Num dos saltos acabou por partir um braço, após uma queda menos calculada. Num outro foi lançada de noite, numa zona de ventos fortes, e o medo instalou-se ao longo da descida. Já o último – um salto operacional com mochila e arma, - foi de praxe. “Saltei em Beja, sempre com muita ansiedade, mas todo correu bem”. (13 Fev / 12:13)

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